Em 2051, o Brasil vai enfrentar um grande desafio: o número de beneficiários da Previdência Social vai ultrapassar o de contribuintes. Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, o país estará em um cenário de rápido envelhecimento populacional, com a população idosa dobrando nos próximos 30 anos.
Enquanto o número de aposentados e pensionistas deve alcançar 61,3 milhões, o de contribuintes será de 60,7 milhões. Esse desequilíbrio deve gerar uma pressão ainda maior no sistema previdenciário, que já vê os custos com benefícios subindo de forma expressiva. Em 2025, por exemplo, o gasto com benefícios previdenciários deve atingir R$ 1 trilhão.
Entre 2012 e 2022, o número de contribuintes cresceu 12%, mas o número de beneficiários de aposentadorias e pensões teve um aumento maior: 23%. Com o avanço do envelhecimento da população e a redução do número de pessoas em idade ativa, essa diferença tende a se agravar.
O Ipea aponta que uma nova reforma da Previdência será necessária em 2027 para evitar o colapso do sistema. O envelhecimento populacional é um dos fatores centrais para essa mudança, e os especialistas alertam: a sustentabilidade da Previdência dependerá de ajustes estruturais profundos para garantir o bem-estar das futuras gerações.
O futuro previdenciário do Brasil exige atenção e planejamento, com reformas sendo essenciais para equilibrar o sistema e proteger tanto os aposentados quanto os contribuintes.
Repostagem, Kristine Otaviano