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Trabalhadores no ifood trabalham média de 31 horas por mês.

O PL também prevê direitos como auxílio-maternidade e uma jornada de até 12 horas por dia.

23/09/2024 às 06h20 Atualizada em 24/09/2024 às 14h53
Por: Kris Otaviano
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Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O iFood divulgou recentemente que os entregadores que atuam na plataforma trabalharam, em média, 31,1 horas por mês em 2023, uma leve queda em relação às 33,8 horas mensais de 2022. Esses dados foram revelados no "Portal de Dados" da empresa, que traz informações detalhadas sobre o perfil dos entregadores e os benefícios gerados pela atividade. O lançamento ocorre em meio às discussões sobre a regulamentação do trabalho em plataformas digitais no Brasil.

 

A remuneração bruta dos entregadores também aumentou. Aqueles que trabalham entre 90 e 180 horas por mês, o que equivale a jornadas diárias de 3 a 6 horas, viram o valor pago por hora subir de R$ 24,30 para R$ 26,80 entre 2022 e 2023. Menos de 1% dos entregadores trabalham mais de 180 horas mensais, reforçando a flexibilidade desse tipo de trabalho.

 

As discussões sobre a regulamentação desses trabalhadores estão avançando. Um Projeto de Lei em tramitação no Congresso propõe a criação da categoria de "trabalhador autônomo por plataforma", além da contribuição previdenciária de 7,5% para os entregadores e 20% para as empresas. O PL também prevê direitos como auxílio-maternidade e uma jornada de até 12 horas por dia.

 

Empresas como o iFood defendem que a regulamentação busque um equilíbrio entre flexibilidade e segurança social para os trabalhadores. Muitos entregadores atuam em várias plataformas ao longo do dia, o que torna essencial a criação de uma base de dados que integre as informações sobre suas jornadas de trabalho.

 

O governo espera avançar com o projeto no próximo ano, visando garantir mais formalidade e proteção social para os trabalhadores, sem comprometer a flexibilidade que muitos valorizam. Estima-se que mais de 1,5 milhão de pessoas no Brasil dependem desse tipo de atividade para sustentar suas famílias.

 

Reportagem, Kristine Otaviano

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