Em 2023 o Brasil registrou aproximadamente 33 mil acidentes causados por picadas de abelhas. Junto com os acidentes ofídicos, essas ocorrências estão entre as mais letais, com uma taxa de mortalidade de até 0,43%. O aumento dos casos envolvendo animais peçonhentos preocupa cada vez mais as autoridades de saúde. Esse crescimento é atribuído à expansão desordenada das cidades, às mudanças climáticas e à presença cada vez mais próxima de espécies que se adaptam bem à convivência com os humanos.
A Coordenação-geral de Vigilância de Zoonoses do Ministério da Saúde explica que as abelhas, em geral, não representam perigo, a menos que se sintam ameaçadas. Entre as medidas preventivas estão a remoção segura de colmeias próximas a áreas habitadas e o uso de equipamentos de proteção por trabalhadores rurais. Outro ponto que merece atenção é o impacto das mudanças climáticas, pois com a busca por alimento, as abelhas têm se aproximado mais das áreas urbanas, o que aumenta o risco de acidentes.
Além disso, para evitar acidentes, é recomendado não se aproximar de colmeias, evitar o uso de perfumes fortes e barulhos que irritam os insetos, como motores de jardinagem. Caso ocorra um acidente, é importante lavar a área com água e sabão, remover o ferrão sem pressioná-lo e procurar atendimento médico.
E para tratar das pessoas que sofrem esses acidentes por picadas de abelha e outros animais peçonhentos, o Ministério da Saúde aumentou a compra de antivenenos. Em parceria com o Instituto Butantan, foram adquiridos 450 mil frascos de soro antiveneno, um aumento de 4,7% em relação ao contrato anterior. Esses soros antiveneno são distribuídos exclusivamente pelo SUS e estão disponíveis em hospitais públicos. Para mais informações sobre como agir em casos de acidentes, procure a unidade de saúde mais próxima da sua casa. Para emergências, ligue para o SAMU pelo 192 ou para os Bombeiros pelo 193.
Reportagem, Janary Damacena.