23°C 33°C
Brasília, DF
Publicidade

Mais da metade dos Argentinos na pobreza

Mais da metade da população vive na pobreza, enquanto luz, gás e transporte terão novos aumentos.

30/09/2024 às 17h13 Atualizada em 01/10/2024 às 09h12
Por: Katia Maia
Compartilhe:
Morador de rua nas ruas de Buenos Aires/IA
Morador de rua nas ruas de Buenos Aires/IA

Um país com mais da metade da população na pobreza e a perspectiva de novos aumentos de tarifas a partir desta terça-feira, 1º de outubro. Essa é a situação atual da Argentina que acaba de registrar 52,9% dos argentinos abaixo da linha de pobreza. O que significa que 15,7 milhões de pessoas não têm o suficiente para viver com dignidade.

Os números são do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) e mostram o quanto o país está sofrendo. A indigência, que é a pobreza extrema, atingiu 18,1% da população. Isso quer dizer que quase 20% dos argentinos não têm dinheiro nem para se alimentar corretamente.

E não para por aí. A partir desta terça-feira, as tarifas vão subir. A eletricidade vai aumentar 2,7%. Aumento também de água e esgoto e transporte. Aqui, em Buenos Aires,  por exemplo, está previsto um aumento nas tarifas de transporte de 16,46%

O transporte aliás enfrenta greves e o dia a dia dos argentinos se torna cada vez mais difícil. Para quem já está no limite, a situação só piora. Crianças e adolescentes são os mais afetados: 66% deles vivem na pobreza.

Aos dez meses de mandato do presidente Javier Milei, a inflação no país é de 236% e a Argentina enfrenta desafios com as dívidas elevadas, o câmbio deteriorado e as reservas internacionais escassas. É a primeira vez nos últimos vinte anos que o número de pobres na Argentina supera aqueles que não estão na linha de pobreza.

De Buenos Aires, na Argentina

Reportagem, katia maia

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários