O rio Xingu está em risco devido à situação crítica de escassez hídrica, declarada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A medida, que tem validade até o dia 30 de novembro, foi tomada em razão da baixa disponibilidade de água na bacia, afetando o abastecimento humano, a geração de energia e a preservação ambiental na região. Com a declaração, a ANA busca adotar ações emergenciais para amenizar os impactos da crise e garantir o uso prioritário dos recursos hídricos.
O rio Xingu, localizado na região Norte do Brasil, é uma das principais bacias hidrográficas do país e fundamental para a operação da usina hidrelétrica de Belo Monte, responsável por 6% da energia produzida no país, abastecendo 20 milhões de endereços, em 17 estados e no Distrito Federal.
Com os baixos níveis de água, a capacidade de geração de energia da usina está comprometida, o que pode resultar em impactos no fornecimento de energia elétrica. Além disso, comunidades indígenas e ribeirinhas que dependem do rio para sua subsistência também enfrentam dificuldades.
A declaração de escassez hídrica permite à ANA implementar medidas como a restrição do uso da água para irrigação e a limitação do consumo industrial, priorizando o abastecimento humano e a preservação dos ecossistemas aquáticos. A situação é agravada pela ausência prolongada de chuvas e pelo aumento da demanda por água na região, que intensificam os efeitos da crise.
Com a escassez, a biodiversidade do rio Xingu também está em risco, uma vez que os baixos níveis de água impactam diretamente a fauna e a flora locais. A ANA seguirá monitorando a situação e poderá adotar novas medidas, caso as condições climáticas e o nível do rio não apresentem melhoras significativas até o fim de novembro.
Reportagem, Kristine Otaviano