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Economia da Argentina na contramão da América do Sul

Enquanto países como Venezuela, Paraguai e Brasil projetam crescimento para 2024, a Argentina enfrenta retração de 3,6%, agravada por inflação alta e desvalorização do peso.

09/10/2024 às 17h54 Atualizada em 11/10/2024 às 06h57
Por: Katia Maia
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A Argentina deve ser o único país na América do Sul a enfrentar dois anos seguidos de retração da economia. É o que revela o Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2024, feito pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Segundo o documento, o país vai ter uma queda de 3,6% no PIB neste ano. Isso depois de já ter encolhido 1,6% em 2023. A situação do país está na contramão de outros países sul-americanos que crescem de forma consecutiva.

O estudo projeta, por exemplo, que o Peru, onde a economia também sofreu queda de 0,6% em 2023, não seguirá no mesmo caminho da Argentina segundo a Cepal. Pelo contrário, agora em 2024 apresentará um crescimento de 2,6%,

Já a Venezuela pode ter o maior crescimento da região, com uma alta de 5% no ano. Seguida do Paraguai e Uruguai que devem crescer bem, com previsão de 3,8% e 3,6% de aumento no PIB, respectivamente. Em terceiro lugar no crescimento estão Chile e Peru (2,6%).

O Brasil também deve seguir nessa linha, a previsão da Cepal é de 2,3%. Um crescimento moderado, mas estável, puxado principalmente pelas exportações e pelo agronegócio.

A crise aqui na Argentina passa pela desvalorização do peso de 54% em relação a dezembro do ano passado, uma inflação alta e ainda recessão.

Aqui, a maioria dos analistas e até o próprio governo já dá como certo que este ano a economia vai cair, enquanto a região se consolida no sentido oposto.

De Buenos Aires, na Argentina

Reportagem, Katia Maia

 

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