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Argentina na contramão do G20

Enquanto o mundo avança em temas de igualdade, a Argentina segue um caminho diferente e não assina documento sobre igualdade de gênero.

16/10/2024 às 06h27 Atualizada em 17/10/2024 às 06h45
Por: Katia Maia
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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

 

A Argentina foi o único país do G20 a rejeitar um documento sobre igualdade de gênero. O texto, assinado até pela Arábia Saudita, propõe ações para promover a igualdade de gênero, combater a misoginia e enfrentar a violência contra as mulheres.

A decisão da Argentina reflete a posição do governo de Javier Milei, que adota uma política externa alinhada com a ultradireita global, rejeitando temas como igualdade de gênero e mudança climática.

Segundo fontes do governo argentino, o país não concordou com alguns conceitos do documento, como a identificação do cuidado familiar como trabalho e os direitos reprodutivos.

O documento será discutido na cúpula do G20 em novembro, no Rio de Janeiro, e aborda questões como a autonomia econômica das mulheres e a necessidade de uma "justiça climática" com enfoque no impacto das mudanças climáticas sobre as mulheres.

A representante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Vanessa Dolce de Faria, alertou que "quando a extrema direita avança, as mulheres perdem". É a primeira vez que o G20 cria um grupo específico para tratar da equidade de gênero.

De Buenos Aires, na Argentina

Reportagem, Katia Maia

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