Passageiros com transtorno do espectro autista (TEA) vão poder contar com espaços pensados especialmente para suas necessidades nos aeroportos brasileiros. O governo federal anunciou um programa para implantar aproximadamente 20 salas especiais até 2026. São espaços com ambientes acolhedores e adaptados para oferecer conforto e bem-estar. A ideia é atender a um público de 200 mil passageiros neurodivergentes que circulam anualmente nos aeroportos do país.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, as novas áreas serão divididas entre salas multissensoriais e de acomodação. As multissensoriais terão estímulos visuais, táteis e auditivos que ajudam a promover relaxamento e concentração, enquanto as de acomodação terão estímulos reduzidos, para serem um refúgio durante momentos de crise.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a importância da iniciativa. Segundo ele, a medida representa um cuidado especial para essas pessoas e suas famílias. A primeira concessionária a implementar três dessas salas será reconhecida nas premiações dos melhores aeroportos do ano, incentivando o setor a aderir à iniciativa com mais rapidez.
O programa também prevê treinamento de profissionais que atuam nos aeroportos com foco na sensibilização e no acolhimento aos passageiros. O atendimento será oferecido para todas as idades e todos os tipos de neurodivergências, tornando o espaço mais acessível e inclusivo.
Atualmente, o Brasil já possui quatro dessas salas em operação, com previsão de mais seis no início de 2025. Inspirado pelo programa Viver Sem Limites II, o projeto segue experiências bem-sucedidas das salas sensoriais criadas pela Concessionária Zurich Airport em Florianópolis e Vitória.
Reportagem, Katia Maia