O Brasil está, novamente, livre do sarampo. Nesta terça-feira (12), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) entregou ao Ministério da Saúde a recertificação de eliminação do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). O país já teve essa classificação em 2016, mas perdeu em 2019 após surtos da doença, que alcançaram mais de 10 mil casos.
Para cumprir os critérios para a nova certificação, o Brasil precisou demonstrar que não houve transmissão do vírus do sarampo durante pelo menos um ano, além de ter fortalecido o seu programa de vacinação de rotina, a vigilância epidemiológica e a resposta rápida a casos importados.
Em junho, o Brasil completou dois anos sem casos de transmissão dentro do país. O último caso registrado aconteceu em junho de 2022, no Amapá. Todos os registros da doença foram de pessoas que vieram do exterior.
O sarampo é uma doença contagiosa e grave, que pode ser evitada por meio da vacina. Uma pessoa infectada pode contaminar de 12 a 18 pessoas. A transmissão ocorre por meio da tosse, da respiração ou das minúsculas gotas de saliva que saem da boca enquanto a pessoa está falando.
Os principais sintomas são manchas vermelhas no corpo e febre alta, acompanhados de tosse seca, conjuntivite, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. A doença pode deixar sequelas e até causar a morte. Entre as complicações estão: pneumonia, infecção no ouvido, encefalite aguda e morte.
Reportagem, Max Gonçalves