O atentado que aconteceu na noite da quarta-feira em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, abalou a segurança na Praça dos Três Poderes e imediatamente repercutiu entre autoridades do executivo, legislativo e judiciário.
Em resposta imediata ao ataque, ministros do STF reforçaram que o Congresso não deve cogitar a aprovação da chamada PEC da Anistia, proposta para perdoar envolvidos nos ataques de 8 de janeiro aos prédios dos Três Poderes. A pressão da Corte foi transmitida por telefone aos líderes da Câmara e do Senado. O recado dos ministros é de que 'não haverá discussão sobre anistia'
Para Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais as explosões na Praça dos Três Poderes reforçam um ambiente contrário à PEC da Anistia.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou que o ataque não foi um evento isolado, indicando a presença de "grupos extremistas ativos" no país. A PF investiga o atentado como uma tentativa contra o Estado Democrático de Direito, e o inquérito foi transferido ao ministro Alexandre de Moraes. Logo depois do atentado terrorista, o STF recebeu um e-mail de ameaça, com uma mensagem de ódio dirigida à instituição e à democracia.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, reagiu com indignação, questionando onde o país “perdeu a luz da alma para a escuridão do ódio". Já a segurança da Esplanada será reforçada para proteger a área tanto de ataques coletivos quanto de ações individuais.
O autor do atentado, Francisco Wanderley Luiz explodiu o próprio carro próximo ao anexo da Câmara dos Deputados e depois lançou bombas caseiras contra a estátua da Justiça, em frente ao STF. A última explodiu nele próprio que não resistiu e morreu no local.
Ele já tinha passagens pela polícia e já foi candidato a vereador pelo partido PL, em Santa Catarina em 2020. Ele estava morando em Brasília desde julho e em sua residência, na cidade de Ceilândia, a Polícia Militar encontrou artefatos explosivos adicionais, que foram neutralizados.
Reportagem katia maia