O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou o adiamento da divulgação dos resultados finais do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), prevista inicialmente para esta quinta-feira (21). O órgão informou que o novo cronograma será divulgado em breve.
A prova do CNU foi aplicada em 18 de agosto em todo o país, após ser adiada por três meses devido às fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. O concurso oferece 6.640 vagas distribuídas entre 21 órgãos, incluindo ministérios, agências e instituições do Judiciário. Os candidatos puderam se inscrever em blocos temáticos e indicar os cargos desejados por ordem de preferência.
O adiamento está relacionado a uma decisão da Justiça Federal no Tocantins (TO), que determinou a reintegração de candidatos eliminados por não marcarem corretamente o caderno de provas no gabarito. A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que apontou falhas na orientação dos fiscais de sala. Segundo o MPF, os candidatos foram alertados apenas sobre a necessidade de transcrever a frase da capa do caderno, mas não sobre a obrigatoriedade de marcar o caderno correspondente.
O juiz Adelmar Aires Pimenta da Silva considerou que a regra do edital era ambígua e que a eliminação só deveria ocorrer se o candidato não cumprisse as duas condições mencionadas. A União, no entanto, afirma que as eliminações estavam em conformidade com o edital. A ministra da Gestão, Esther Dweck, chegou a declarar, em agosto, que candidatos que não marcaram o caderno não seriam eliminados. O caso gerou dúvidas e atrasos, afetando mais de 600 mil candidatos que aguardam os resultados.
Reportagem, Kris Otaviano
(com locução de Max Gonçalves)