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Nesta segunda-feira, 25 de novembro, é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue - uma data para homenagear a todos que realizam esse ato de solidariedade e para lembrar da importância de manter os estoques abastecidos, especialmente em períodos críticos como o fim de ano. Esse gesto ajuda a salvar vidas de pacientes em cirurgias, emergências e tratamentos de doenças graves.
E o ano de 2024 traz uma marca histórica na coleta de plasma humano vindo dessas doações: Até outubro deste ano foram coletados 160,9 mil litros de plasma, superando a meta anual de 150 mil litros e ultrapassando em mais de 7% o volume captado em 2023. Além disso, a expectativa é encerrar este ano com aproximadamente 200 mil litros coletados.
Essa marca inédita no Brasil foi divulgada pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), que é vinculada ao Ministério da Saúde. De acordo com a empresa, outro ponto positivo deste ano foi a redução no descarte de plasma durante a triagem. Em 2024 esse índice caiu para 3,7%, em comparação a média registrada entre os anos de 2013 e 2018 era de 36%.
A Hemobrás atribui essa melhoria aos investimentos do governo federal no transporte, armazenamento e otimização dos processos, fortalecendo a hemorrede brasileira. Isso porque o Governo Federal tem intensificado os esforços para fortalecer a coleta de plasma no Brasil. Como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), foi anunciado um investimento de R$ 100 milhões destinado à renovação e ampliação da infraestrutura tecnológica dos serviços de hemoterapia.
Essa ação estratégica do Ministério da Saúde já está avançando, com contratos em fase de assinatura que irão beneficiar, inicialmente, 56 hemocentros de um total de 120 unidades selecionadas em todo o país. O objetivo é ampliar significativamente a capacidade de armazenamento e processamento de plasma nesses locais, recurso essencial para a produção de medicamentos hemoderivados.
Com esse reforço, a expectativa é que a Hemobrás alcance, até o final de 2025, a marca de 300 mil litros de plasma coletados por ano. Esse aumento é crucial para atender à demanda nacional, garantindo que mais brasileiros tenham acesso a tratamentos vitais.
Neste Dia Nacional do Doador de Sangue, além de celebrar essas conquistas, reforçamos a necessidade de ampliar a cultura de doação no país. Cada bolsa de sangue doada pode beneficiar mais de um paciente, pois é separada em diferentes componentes, como hemácias, plaquetas e plasma. É um gesto simples, mas com impacto imensurável.
Podem doar sangue pessoas com peso mínimo de 50 quilos que tenham entre 18 e 69 anos e jovens com idade entre 16 e 17 anos que tenham o consentimento formal do responsável legal. O candidato não deve estar cansado, não ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação e não deve estar em jejum. Além disso, no dia da doação é importante estar bem hidratado e continuar a hidratação em seguida, além de tomar o refresco ou o lanche que o local da coleta oferece. Para doar, é obrigatório levar um documento oficial com foto.
O plasma é a parte líquida do sangue, resultante do processo de fracionamento do sangue total, obtido de doadores voluntários dos serviços de hemoterapia. Como os concentrados de hemácias e plaquetas, o plasma tem finalidade transfusional em diversas terapias na assistência à saúde, ou seja, é um componente essencial na produção de medicamentos hemoderivados, fundamentais para o tratamento de diversas doenças além de ajudar a salvar vidas em situações onde o paciente necessita repor o sangue perdido.
Após a coleta do sangue total em hemocentros, o plasma é separado das células sanguíneas por centrifugação e tem cerca de 30% destinado ao uso transfusional. Assim, o plasma excedente do uso transfusional, pode ser utilizado para beneficiamento na produção de medicamentos hemoderivados, como albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação. Esses medicamentos possuem alto valor agregado, sendo essenciais para as ações de saúde.
Reportagem, Janary Damacena
