Depois de mais de 20 anos de negociações, o acordo comercial celebrado entre os países do Mercosul e os países que integram a União Europeia é resultado de diálogo e de uma boa política. A união dos dois blocos reúne mais de 700 milhões de pessoas que vivem na América Latina e na Europa, o que tem potencial de ampliar oportunidades para todos os envolvidos, e, especialmente, impactar a vida de milhares de brasileiros.
São mais de 27 países da União Europeia, alguns dos mais ricos do mundo. São muitas oportunidades e ganhos recíprocos que ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem, a renda e o emprego crescerem e derrubar a inflação, de acordo com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Os estudos mostram que as exportações para a União Europeia poderiam crescer na agricultura 6,7%, nos serviços 14,8% e na indústria de transformação 26,6%.
Segundo Alckmin, a parceria foi apoiada no Brasil por três setores produtivos: o setor primário, o agrícola; o setor secundário, a indústria, especialmente a indústria de transformação, e o de comércio e serviços. De acordo com o vice-presidente, isso vai impulsionar as pequenas empresas também para que elas possam participar, não só as grandes empresas.
Na sexta-feira (6), Alckmin aproveitou para esclarecer que, para ter efeito, o acordo ainda precisa ser traduzido para 24 idiomas e passar pela votação por maioria qualificada do Conselho da Europa, pelo Conselho Europeu da União Europeia e pela aprovação de maioria simples do Parlamento Europeu. Internamente, o acordo é submetido à aprovação dos quatro países integrantes do Mercosul: Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, que é quando o acordo começa a valer de imediato.
Reportagem, Max Gonçalves