O número de brasileiros que vivem em imóveis alugados atingiu, em 2022, 20,9% da população, o que corresponde a 42,2 milhões de pessoas ou uma a cada cinco pessoas, segundo dados preliminares do Censo Demográfico, divulgados pelo IBGE. Isso representa um crescimento significativo em relação ao ano 2000, quando apenas 12,3% das pessoas moravam de aluguel.
Entre os que escolhem alugar, destacam-se os jovens de 25 a 29 anos. Uma faixa etária, na avaliação do IBGE, que coincide com momentos da vida como a entrada no mercado de trabalho ou na universidade.
O levantamento também revelou que domicílios alugados são mais comuns em entre pessoas que vivem sozinhas e ainda entre famílias monoparentais, quando um dos pais é o único responsável pela criação e educação dos filhos. Além disso, regiões com maior renda, como o Distrito Federal e Santa Catarina, concentram os maiores percentuais de imóveis alugados.
A pesquisa revelou ainda que 5,6% da população brasileira em 2022 moravam em casas cedidas ou emprestadas, ou seja, que não pertence a nenhum dos moradores, mas eles têm permissão do dono para ocupar o imóvel sem o pagamento de aluguel.
Apesar do aumento no número de aluguéis, a maior parte da população brasileira ainda mora em imóveis próprios – cerca de 71% dos domicílios no país pertencem aos moradores.
A pesquisa é relativa aos chamados domicílios particulares permanentes ocupados. Não inclui moradores de domicílios improvisados e coletivos, tampouco domicílios de uso ocasional ou vagos.
Reportagem, katia maia