O Censo Demográfico 2022 revela que os povos indígenas vivem mais na zona urbana do que na zona rural no Brasil. A constatação é demonstrada pela divulgação que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou para divulgar a condição dos povos originários no país essa semana, sobretudo em relação aos seus domicílios atuais.
De acordo com os dados do Censo, cerca de 60% dos indígenas residentes no Brasil em 2022 viviam em área urbana. Isso significa dizer que são 914 mil indivíduos. Por outro lado, cerca de 780 mil moravam em área rural, o que representa 46% do total.
Os números revelam um crescimento da presença indígena na zona urbana, em comparação com o Censo anterior. Em 2010, eram 324 mil indígenas em áreas urbanas, equivalente a 36% do total da população. Na zona rural eram 572 mil, ou 64% da população.
Os novos dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (19) indicam que os aperfeiçoamentos adotados no último levantamento geraram um mapeamento mais aprofundado, sobretudo dos indígenas que residem em área urbana. Entre eles, o salto no qualidade de informações de 2010 para 2022 foi de 181%.
No recorte por regiões, o Sudeste destaca-se pelo maior percentual de população indígena residindo em situação urbana, com 77%. Na sequência, aparece o Nordeste com 62%. De outro lado, a população indígena rural se sobressai no Centro-Oeste, com cerca de 62% e no Sul são 58%. No Norte, há um equilíbrio: metade dos indígenas vive em área urbana e metade em ambiente rural.
Todos esses dados são importantes porque subsidiam a elaboração de políticas públicas e decisões relacionadas com a alocação de recursos financeiros. O Brasil costuma realizar o Censo a cada dez anos.
Reportagem, Max Gonçalves