Esse ano, a tabela do Imposto de Renda (IR) permanecerá congelada, sem ajustes. O motivo: a não aprovação da reforma tributária. O governo federal pretendia aumentar a faixa de isenção para R$ 5 mil, como chegou a ser anunciado pelo ministro da fazenda, Fernando Haddad, mas a proposta só vai ser enviada ao Congresso depois da votação do Orçamento de 2025, prevista para março.
Assim quem ganha acima de R$ 2.824, valor pouco abaixo de dois salários mínimos, vai ter que pagar o imposto. Em novembro de 2024, o governo anunciou que, na segunda fase da reforma tributária, a faixa de isenção seria elevada para R$ 5 mil. Mas, um novo modelo de cálculos fiscais precisou ser revisto pela Receita Federal, adiando para este ano a tramitação da proposta.
A última atualização da tabela aconteceu em fevereiro de 2024, quando a faixa de isenção foi aumentada de R$ 2.640 para R$ 2.824. As outras faixas de tributação são as mesmas desde 2015. O projeto de lei do Orçamento de 2025, que foi enviado ao Congresso em agosto, não prevê mudanças na tabela do Imposto de Renda.
A Receita Federal ainda esclarece que o desconto simplificado é opcional, e quem tem direito a deduções adicionais, como dependentes, pensão alimentícia ou despesas com saúde e educação, poderá continuar utilizando esses benefícios.
Confira abaixo a tabela progressiva do IR, com o desconto já aplicado:
Base de Cálculo | Alíquota | Parcela a deduzir do IR |
Até R$ 2.259,20 | Zero | Zero |
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 | 7,5% | R$ 169,44 |
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22,5% | R$ 662,77 |
Acima de R$ 4.664,68 | 27,5% | R$ 896,00 |
Reportagem Katia Maia