A raiva humana é uma preocupação da saúde pública no Brasil. A doença, causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central, é transmitida pela saliva de animais infectados por meio de mordidas, arranhões ou lambidas em feridas abertas. Apesar de ser fatal em quase todos os casos após o surgimento dos sintomas, é possível evitar a raiva por meio de medidas corretas de prevenção.
É importante saber que os principais transmissores da raiva no Brasil são cães e gatos que não foram vacinados, além de animais silvestres, como morcegos e saguis. Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2005 e 2024, mais de 60% dos casos de raiva humana no país foram causados por animais silvestres. Em 2023, um terço desses casos ocorreu no Nordeste, com destaque para saguis.
Os primeiros sintomas da raiva humana incluem febre, mal-estar, dor de cabeça e alterações no comportamento. Com a progressão, podem surgir espasmos musculares, dificuldade para engolir, paralisia e insuficiência cardiorrespiratória. Assim que os sintomas aparecem, a evolução para morte é quase inevitável.
A vacinação anual de cães e gatos é a principal medida de prevenção. Além disso, é necessário evitar o contato com morcegos e outros animais silvestres, especialmente se estiverem feridos ou com comportamento estranho.
Em caso de mordida, arranhão ou lambidas de um animal suspeito, as recomendações são:
No Brasil é obrigatório notificar os casos de raiva e o controle depende da colaboração entre profissionais de saúde, órgãos públicos e a população. A conscientização sobre a importância da vacinação de animais e a busca imediata por atendimento médico em casos suspeitos é fundamental para evitar novos casos e proteger vidas.
Reportagem, Janary Damacena.