Após 20 anos de criação, o Programa Universidade para Todos (Prouni), do governo federal, contabiliza cerca de 3,5 milhões de estudantes beneficiados, nas duas décadas. Ao todo, 2,5 milhões receberam bolsas integrais e 947 mil conquistaram bolsas de 50%. Podem se inscrever no Prouni estudantes que cursaram o ensino médio totalmente em escola pública ou que tenham sido bolsistas em escolas particulares e cujas famílias tenham renda bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo, para obter a bolsa integral, até 3 salários mínimos para ser beneficiado com a bolsa parcial, de 50%.
As bolsas permitem que os estudantes mais vulneráveis possam estudar em 1.862 instituições privadas de ensino superior no Brasil. Atualmente, o programa beneficia quase 600 mil bolsistas em todas as regiões do país. A região Sudeste lidera o ranking de bolsas concedidas (45%). Em segundo lugar está o Nordeste, com cerca de 20% e, em seguida, vem o Sul (18%).
Dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) mostram que nestes 20 anos de Prouni, as mulheres representam 56% dos beneficiados e os negros totalizam 55%, revelando resultado positivo dentro do público que o programa quer atingir.
Segundo o Censo da Educação Superior de 2023, os alunos que entram nas universidades particulares pelo Prouni permanecem mais nos cursos do que os outros. Quase 60% dos participantes concluíram a graduação, o que representa cerca de 1,5 milhão de bolsistas que concluíram seus cursos de graduação. Resultado superior ao de estudantes que não participam do programa, onde o percentual cai para 36%.
Reportagem, Max Gonçalves