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Novo presidente da Câmara diz que atos do 8 de janeiro não foram tentativa de golpe

Na visão do presidente da Câmara, atos de baderneiros, sem uma coordenação política clara, não poderia ser um golpe.

10/02/2025 às 06h38
Por: Max Gonçalves
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FOTO: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
FOTO: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

 

 

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em uma entrevista concedida à uma emissora de rádio de João Pessoa (PB) que os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023, nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, não podem ser classificados como uma tentativa de golpe de Estado. Na visão do presidente da Câmara, atos de baderneiros, sem uma coordenação política clara, não poderia ser um golpe.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI dos Atos Golpistas, rebateu a fala do novo presidente da Câmara, afirmando que os ataques do 8 de janeiro foram uma tentativa de golpe sim. De acordo com a senadora, o relatório da comissão de inquérito, em suas mais de mil páginas, atesta o golpismo instaurando no Brasil, entre o ano de 2022 e o início de 2023. A senadora lembrou que o relatório da CPI foi aprovado por deputados e senadores, ou seja, pelas duas Casas do Congresso Nacional.

As declarações de Hugo Motta e Eliziane Gama acontecem num contexto de pressão de parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que a Câmara avance na proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, que beneficiaria bolsonaro, atualmente inelegível, para disputar as eleições presidenciais de 2026.

Motta não assumiu compromisso em pautar o projeto de anistia e disse que a decisão será tomada em conjunto com os líderes partidários da Casa.

Reportagem, Max Gonçalves

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