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Aço brasileiro na mira do tarifaço de Trump

presidente norte-americano prometeu para hoje o anuncio de tarifas adicionais sobre aço e ferro importado pelos EUA.

10/02/2025 às 10h30 Atualizada em 10/02/2025 às 17h06
Por: Katia Maia
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Foto de Anamul Rezwan/ Pexels
Foto de Anamul Rezwan/ Pexels

É esperado para essa segunda-feira (10/2) o anuncio de novas taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump declarou no domingo (9/2) que tais tarifas se somariam às já existentes sobre metais.  

No inicio da tarde de hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo espera que os EUA oficializem a taxação de 25% para só então se manifestar sobre o tema ou anunciar medidas em resposta ao aumento.

"O governo tomou a decisão de só se manifestar, oportunamente, com base em decisões concretas, e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. O governo vai aguardar a decisão oficialmente antes de fazer qualquer manifestação”, disse Haddad a jornalistas.

Atualmente, um quarto do aço e metade do alumínio usado nos EUA chega de outros países, entre eles, está o Brasil.

Portanto, o anúncio das tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio afeta diretamente o Brasil, já que 48% do aço brasileiro exportado tem como destino os EUA. O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá.

Em 2024, foram mais de quatro milhões de toneladas enviadas para o mercado norte-americano, o equivalente a US$ 3 bilhões da balança comercial brasileira e 15% do total importado pelos Estados Unidos.

As novas tarifas devem impactar a economia não só do Brasil mas dos principais exportadores, como Canadá, México, China, Rússia e União Europeia.

O Canadá, por exemplo, como maior fornecedor de alumínio primário para os Estados Unidos, foi o responsável por 79% do total das importações norte-americanas de janeiro a novembro de 2024.

Durante seu primeiro mandato, Trump chegou a impor tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu cotas isentas de impostos a alguns parceiros comerciais, incluindo o Canadá, México e Brasil.

Reportagem Katia Maia

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