O Sistema Único de Saúde (SUS) vai receber duas novas tecnologias para proteger os bebês de complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Esse vírus é uma das principais causas de infecções respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonia, principalmente em crianças pequenas.
A decisão foi recomendada pela Conitec, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde, e faz parte de uma grande estratégia para reduzir a mortalidade infantil. A ideia é proteger os bebês desde os primeiros meses de vida por meio da imunização ativa de gestantes e prematuros.
Com essas medidas, a expectativa é proteger cerca de 2 milhões de bebês e evitar até 28 mil internações por ano.
Atualmente, a única opção disponível no SUS era o palivizumabe, que atendia apenas bebês prematuros extremos e crianças com cardiopatias graves. Com essa ampliação, mais 300 mil crianças terão acesso à proteção contra o VSR.
Duas frentes de proteção serão adotadas:
● Nirsevimabe, um anticorpo monoclonal que protege bebês prematuros e crianças até dois anos com comorbidades.
● Vacina recombinante, aplicada em gestantes para passar proteção aos bebês antes mesmo do nascimento.
A expectativa é de que a portaria oficializando essa novidade seja publicada nos próximos dias.
Reportagem, Janary Damacena.