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Desigualdade de gênero persiste 30 anos após Declaração de Pequim

Brasil enfrenta desafios para garantir igualdade de gênero e ocupa posições preocupantes em rankings internacionais

20/02/2025 às 08h12
Por: Katia Maia
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Foto: Onu Mulheres
Foto: Onu Mulheres

 

 

A ONU Mulheres alertou que, três décadas depois a Declaração de Pequim, nenhum país conseguiu eliminar completamente as desigualdades entre homens e mulheres. Em 1995, 189 nações, incluindo o Brasil, assumiram o compromisso de reduzir essas disparidades. No entanto, o progresso ainda é insuficiente.

Segundo a representante da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, a principal barreira para avançar na igualdade de gênero é a falta de financiamento. Sem recursos adequados, políticas públicas e estruturas institucionais não conseguem garantir avanços concretos. Além disso, ela destaca que o tema precisa ser tratado como política de Estado, com continuidade entre governos.

O Tribunal de Contas da União lançou um relatório que avalia os desafios enfrentados pelo Brasil nos últimos 30 anos. O documento aponta que, apesar de um arcabouço legal robusto, ainda existem dificuldades na implementação e monitoramento das políticas de equidade de gênero. Entre os desafios, estão a baixa execução orçamentária e a necessidade de políticas que considerem as diferentes realidades das mulheres brasileiras.

A assessora do Ministério das Mulheres, Isís Taboas, alertou para o risco de retrocessos diante da crise ideológica global, que coloca em xeque direitos já conquistados. Para ela, além de manter avanços, é essencial acelerar o progresso em igualdade de gênero.

O Brasil ocupa posições preocupantes nos rankings internacionais. No Índice Global de Desigualdade de Gênero, o país ocupa a posição 117 em diferença salarial entre homens e mulheres. Já no Índice de Desigualdade de Gênero do PNUD, ocupa a posição 94 entre 191 países. Para a ONU, garantir equidade não é apenas uma questão de direitos, mas um fator essencial para o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico global.

Reportagem Katia Maia

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