Doenças respiratórias não são exclusividade do inverno. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) cerca de 20 milhões de pessoas no Brasil sofrem com a asma. Já a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) explica que 30% dos Brasileiros enfrentam a rinite, diariamente. No verão, as altas temperaturas, acompanhadas por baixa qualidade do ar podem provocar sintomas respiratórios desagradáveis nessa parcela da população.
Estas doenças podem comprometer as estruturas do sistema respiratório, como nariz, garganta, pulmões e vias aéreas, provocando irritação local e gerando dificuldade de respirar, comprometendo a qualidade de vida das pessoas.
O pneumologista do Hospital Sírio-Libanês, André Nathan Costa, explica que as enfermidades do sistema respiratório podem ser agudas, começando rápido e tendo duração curta, ou crônicas, que são as infecções caracterizadas por um início gradual, mas que podem ter duração bastante longa ou até mesmo podendo se tornar constante por toda a vida.
O especialista esclarece que no verão há uma espécie de aumento dos raios solares, que contribuem para uma maior concentração de ozônio na atmosfera, por conta da poluição provocada pelo trânsito e pela indústria. Essas micropartículas suspensas no ar podem provocar inflamações no sistema respiratório.
Outro problema são as infecções causadas por adenovírus e enterovírus, que circulam nessa época do ano e que podem provocar resfriado, faringites e quadros agudos de asma e bronquite.
O médico recomenda muito cuidado com a hidratação, já que o ressecamento das vias aéreas pode abrir caminho para infecções. Baixa umidade e calor são uma combinação perigosa para o nosso aparelho respiratório. É recomendável manter o ar-condicionado numa temperatura em torno dos 23° C, evitar mudanças bruscas de temperatura, não ficar muito tempo em ambientes úmidos e fechados, evitar aglomerações em dias de muito calor e fazer lavagem nasal com soro fisiológico diariamente.
Reportagem, Max Gonçalves