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No seu primeiro discurso como Ministro da Saúde, Alexandre Padilha foi direto: reduzir o tempo de espera e ampliar o acesso a consultas e exames especializados será uma prioridade diária. Ele reconheceu que esse problema vem de décadas e se agravou com a pandemia e a falta de investimentos do governo anterior. Mas garantiu que não vai medir esforços para mudar essa realidade.
O compromisso do novo ministro é enfrentar esse desafio 24 horas por dia, de segunda a segunda. Ele também mandou um recado firme contra o negacionismo: Disse que aqueles que espalharam desinformação e atrasaram a vacinação durante a pandemia carregam nas mãos o peso da vida de milhares de brasileiros. E garantiu que, nesse governo, a ciência e o SUS serão sempre prioridades.
Entre as principais ações da nova gestão, Padilha destacou o fortalecimento das campanhas de vacinação, o combate a doenças como dengue e malária e um novo modelo de financiamento do SUS. A ideia é substituir a atual tabela SUS por um sistema que premie estados e hospitais que garantam atendimento mais rápido e eficiente.
O ministro também reforçou o compromisso com a valorização dos profissionais de saúde e a parceria com universidades e centros de pesquisa. Além disso, destacou a importância do SUS para o desenvolvimento do país, citando a vacina 100% nacional contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan.
Alexandre Padilha assumiu o cargo sucedendo a Nísia Trindade, nesta segunda-feira (10), durante posse no Palácio do Planalto em Brasília. O novo ministro é médico infectologista formado pela USP e doutor em Saúde Coletiva pela Unicamp. Foi professor de Medicina e Saúde nas universidades Uninove e São Leopoldo Mandic, além de possuir trajetória na vida pública e no SUS, como ministro das Relações Institucionais no governo Lula, ministro da Saúde na gestão Dilma Rousseff.
Reportagem, Janary Damacena.
