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A violência contra a mulher cresceu nos últimos 12 meses

violência contra a mulher

11/03/2025 às 07h32 Atualizada em 13/03/2025 às 06h41
Por: Janary Damacena
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FOTO_Alexa_Pixabay
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Mais de 21 milhões de mulheres no Brasil sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses. Esse dado alarmante significa que 37,5% dessas mulheres foram vítimas de agressões, o maior número já registrado na pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha. O documento mostra que, em sua maioria, as mulheres mais atingidas pela violência têm entre 25 e 44 anos, são pretas ou pardas e não possuem ensino superior completo. 

E o cenário é ainda mais grave: uma em cada dez mulheres relatou ter sofrido abuso sexual ou sido forçada a ter relações contra a vontade. Além disso, 91,8% das agressões aconteceram na presença de outras pessoas, muitas vezes filhos, parentes e amigos. 

A pesquisa também mostrou que as ofensas verbais, como insultos, humilhações e xingamentos, foram o tipo de agressão mais comum, atingindo 31,4% das mulheres – um aumento de oito pontos percentuais em relação ao ano passado. Outra questão preocupante é a violência digital: pela primeira vez, o levantamento apresentou dados nessa área e apontou que quase 4% das mulheres entrevistadas tiveram fotos ou vídeos íntimos divulgados sem consentimento.

A violência contra a mulher assume diversas formas: insultos, ameaças, agressões físicas, perseguições e até violência psicológica e financeira. Os dados também mostram que o Brasil está acima da média global no número de mulheres que sofreram agressões de parceiros ou ex-parceiros ao longo da vida: aqui, são 32,4% das mulheres, enquanto a média mundial é de 27%, segundo a Organização Mundial da Saúde. 

Diante desses números, o alerta é claro: é preciso adotar políticas públicas mais efetivas para proteger as mulheres e romper esse ciclo de violência. Se você presenciar ou for vítima de qualquer forma de agressão, denuncie! Ligue 180 ou procure uma delegacia da mulher. 

Reportagem, Janary Damacena. 

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