Mais tempo parado, mais risco para o cérebro. É o que revela uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, que mostra que ficar parado, ser sedentário, acelera perdas cerebrais ligadas ao Alzheimer, mesmo entre pessoas que praticam atividades físicas com certa frequência.
Pesquisadores da Universidade de Pittsburg e do Centro Médico da Universidade Vanderbilt descobriram que pessoas adultas que ficam muitas horas sentadas podem ter comprometidas a memória, o raciocínio e a autonomia, devido ao encolhimento de áreas do cérebro.
O estudo monitorou mais de 400 pessoas, com idade acima de 50 anos, por meio de uma espécie de pulseira que registrou a quantidade de tempo que os participantes ficaram em repouso e em atividade, durante sete dias. Depois, os especialistas fizeram comparações entre exames de imagens realizados nos cérebros dessas pessoas ao longo de sete anos.
Os resultados mostraram que pessoas que passaram mais tempo sentadas ou deitadas apresentaram maior risco de alterações cerebrais associadas à doença de Alzheimer. Os especialistas concluíram também que permanecer muito tempo sentado pode ser ainda mais prejudicial para quem já tem predisposição genética à doença.
Os médicos confirmaram que fazer atividades físicas e exercícios, ao menos uma vez ao dia, contribuem para barrar e prevenir a neurodegeneração, sobretudo em pessoas idosas.
Reportagem, Max Gonçalves