A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, nesta terça-feira (3) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O documento também solicita a inclusão do nome da deputada na lista vermelha da Interpol. A parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão, há 20 dias, mas fugiu para o exterior, passando pela Argentina, depois pelos Estados Unidos, com destino à Europa. O pedido de prisão foi formulado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e a prisão cautelar já foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Paulo Gonet também solicitou a suspensão do passaporte de Carla Zambelli, o bloqueio de seus bens e a comunicação imediata de sua situação às autoridades internacionais, como forma de garantir que a parlamentar não consiga escapar da responsabilização judicial no Brasil.
A condenação de Zambelli aconteceu pela invasão nos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o apoio de um hacker. A decisão foi unânime entre os juízes da Primeira Turma.
Carla Zambelli disse em entrevista a um canal de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro que está viajando por motivos de cuidados médicos, mas afirmou também que buscou refúgio das perseguições políticas que estava enfrentando no Brasil. A parlamentar disse que vai protocolar um pedido de licença do seu mandato na Câmara Federal.
A inclusão do nome de Zambelli na lista da Interpol pode resultar na sua detenção fora do Brasil, caso o país em que esteja hospedada decida colaborar com as autoridades brasileiras.
Reportagem, Max Gonçalves