Os prefeitos e gestores municipais brasileiros que viajaram para Israel e foram surpreendidos pelos bombardeios que aterrorizam a região, nos últimos dois dias, com trocas de mísseis entre Irã e o estado Judeu, acusam o Ministério de Relações Exteriores do Brasil (MRE) de não ter agido para retirá-los da zona de guerra com segurança. O Itamaraty rechaça essa acusação.
O MRE divulgou uma nota nesta segunda-feira (16) em que afirma que os gestores municipais brasileiros ignoraram orientações do Itamaraty que recomendam não viajar para Israel em razão dos conflitos armados. Antes mesmo das ofensivas trocadas com o Irã neste momento, Israel já está em guerra contra o grupo Hamas, na Faixa de Gaza, há mais de um ano, e também com o Hezbollah, no Líbano.
Nesta segunda-feira (16), um grupo com 12 autoridades brasileiras conseguiu deixar Israel, por terra, e atravessar para a Jordânia, já que o espaço aéreo israelense está fechado. A expectativa é que cheguem à Arábia Saudita e tomem um voo fretado de volta ao Brasil. Outros 27 gestores municipais do Brasil não quiseram fazer a viagem por terra e continuam em Israel. A informação é de que estão em segurança, sob a proteção do governo local, que havia convidado a comitiva para viajar até Israel.
O Ministério de Relações Exteriores (MRE) afirma que a retirada dos brasileiros para a Jordânia foi resultado de “estreita coordenação” feita pelo ministro Mauro Vieira e o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi. Está planejada para os próximos dias a retirada dos demais gestores municipais pelo mesmo caminho, por terra, conforme já acordado com o governo israelense pela diplomacia brasileira.
Reportagem, Max Gonçalves.