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Senado aprova isenção de até R$ 8,4 mil no IR para autistas

A medida, no entanto, ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

18/06/2025 às 12h10 Atualizada em 02/07/2025 às 10h24
Por: Redação
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou uma proposta que isenta pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) de até R$ 8.472 no pagamento do Imposto de Renda. O projeto, de autoria do senador Romário (PL-RJ), busca aliviar a carga financeira de famílias que enfrentam os custos com terapias, medicamentos e outras despesas relacionadas ao tratamento e à qualidade de vida dos autistas.

Segundo o texto aprovado, a isenção vale para os rendimentos recebidos a título de aposentadoria, pensão ou reforma, incluindo as complementações de entidades de previdência privada. A medida, no entanto, ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

Atualmente, a legislação já concede isenção do Imposto de Renda para pessoas com algumas doenças graves, como câncer e HIV. A inclusão dos autistas nessa lista é vista como uma forma de reconhecer as dificuldades financeiras enfrentadas pelas famílias.

A especialista em direito previdenciário, Alessandra Neiva Amorim, explica que o projeto é um passo importante para garantir mais dignidade a essas pessoas. Segundo ela, muitas famílias enfrentam um verdadeiro desafio financeiro para custear os tratamentos necessários. “O impacto econômico do TEA é muito alto e muitas vezes contínuo ao longo da vida. Essa isenção pode significar um alívio para quem já vive com tantas despesas fixas”, afirma Alessandra.

A proposta também destaca que o autismo é uma condição permanente e que, por isso, a isenção não deve ter prazo de validade, seguindo o mesmo entendimento aplicado a outras doenças crônicas e incuráveis.

Se aprovada em todas as etapas, a medida pode beneficiar milhares de brasileiros e ajudar a reduzir as desigualdades enfrentadas por quem convive com o transtorno.

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