Na tarde desta sexta-feira (20), Dia Mundial do Refugiado, será aplicada uma prova de proficiência em Língua Portuguesa para refugiados assistidos pela organização Educação Sem Fronteiras. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Instituto Yduqs, com apoio das marcas Estácio, Wyden, IBMEC e IDOMED. A ação representa passo concreto rumo à cidadania e à dignidade de centenas de pessoas refugiadas no Brasil.
A aplicação da prova acontecerá presencialmente na tarde de hoje, em 6 estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal. No Distrito Federal, a Estácio de Brasília, em Taguatinga, foi a escolhida como local para a realização das avaliações.
Para a coordenadora pedagógica do Educação Sem Fronteiras, Fernanda Garcia, o projeto tem como objetivo ampliar o acesso à certificação oficial de proficiência em Língua Portuguesa para refugiados e imigrantes residentes no Brasil. “Os participantes passarão por um curso preparatório de 48 horas, voltado ao desenvolvimento de competências linguísticas, socioculturais e de cidadania, com foco no Português como Língua de Acolhimento (PLAC), em nível avançado”, explica Garcia.
“A educação tem o poder de transformar realidades – e essa mobilização mostra isso na prática. Ver nossos alunos, professores e colaboradores envolvidos em uma causa que promove informação, saúde e dignidade é algo que nos move. No Instituto Yduqs, nosso papel é justamente esse: impulsionar ações de impacto social que ajudem a construir uma sociedade mais justa e com mais oportunidades para todos", destaca, Claudia Romano, presidente do Instituto Yduqs e vice-presidente do grupo educacional Yduqs.
A expectativa é de emissão de 386 certificados, com provas agora aplicadas em diversas regiões do país — antes restritas apenas a São Paulo. Os certificados são emitidos pela universidade Estácio, são reconhecidos pelo MEC e podem ser utilizados como documentação válida nos pedidos de naturalização de estrangeiros, conforme estabelece a Portaria 623/2020.
O professor Dr. Murilo Borsio Bataglia, Pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Internacionalização da Estácio Brasília e doutor em Direito Constitucional, reforça que a proficiência em Língua Portuguesa é um elemento fundamental para a integração social e econômica de refugiados. “Dominar o idioma facilita o acesso ao mercado de trabalho, ao sistema educacional, aos serviços públicos e à convivência comunitária. Sem esse domínio, os refugiados enfrentam dificuldades para compreender seus direitos, acessar políticas públicas e se comunicar com empregadores, professores e autoridades”, explica.