A vida de quem sofre com queimaduras e depende do Sistema Único de Saúde (SUS) pode estar prestes a mudar. Isso porque nesta semana o Ministério da Saúde publicou uma nova portaria que amplia o tratamento de queimaduras com o uso da membrana amniótica. Esse tecido é retirado da placenta no momento do parto, com o consentimento da mãe.
Esse tipo de transplante acelera a cicatrização, alivia a dor, reduz infecções e ainda previne cicatrizes profundas e queloides. É a primeira vez que esse tipo de curativo biológico entra no Regulamento Técnico do SUS.
No início de maio o procedimento foi aprovado pela Conitec, a área responsável por novas tecnologias e terapias no SUS, e agora começa a ser implantado. As equipes técnicas têm até 180 dias para garantir que a oferta esteja disponível na rede pública de saúde e os critérios para doação da membrana serão divulgados em setembro.
Além disso, nos últimos 100 dias, o Sistema Nacional de Transplantes passou por mudanças e agora o SUS inclui transplantes de intestino delgado e multivisceral, ampliou exames como o ecocardiograma para doadores e atualizou valores de procedimentos e insumos essenciais.
Reportagem, Janary Damacena.