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Mais de 80 mil pessoas estão desaparecidas no Brasil

Os dados genéticos colhidos nos postos serão comparados com corpos ainda não identificados em institutos de medicina legal e hospitais do país.

05/09/2024 às 14h31 Atualizada em 06/09/2024 às 16h59
Por: Max Gonçalves
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

 

Trezentos postos de identificação estão sendo instalados no Brasil para recolher material genético da população, por meio da saliva e dados de papiloscopia, com o intuito de constituir um banco para ajudar na localização de pessoas desaparecidas. Esta ação faz parte da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas.

O governo federal pretende unir esforços entre os estados e a União para tratar do problema. Os dados genéticos colhidos serão comparados com corpos ainda não identificados em institutos de medicina legal e hospitais do país.

A situação destes desaparecimentos no Brasil se agrava cada vez mais. No ano passado, 82 mil pessoas desapareceram no país. Em 2020, esse número era de 55 mil, ou seja, em três anos, houve um aumento de 48%. Brasília tem a maior proporção de desaparecimentos do país, com 92 sumiços a cada mil habitantes.

Dados levantados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública mostram que somente entre janeiro e junho deste ano, 45 mil cidadãos sumiram, muitos sem deixar vestígios.

Desde 2019, o Brasil conta com a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas (Lei nº 13.812), que criou o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. Mas, na prática, cabe à Polícia Militar estadual a tarefa de encontrar essas pessoas e reduzir a dor das famílias.

Reportagem, Max Gonçalves

 

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