O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi exonerado do cargo após a divulgação de denúncias de assédio sexual feitas pela ONG Me Too Brasil. Entre as vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A crise no governo se intensificou após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião no Palácio do Planalto, considerar a situação insustentável e decidir pela saída de Almeida.
Em nota, o presidente afirmou que a natureza das acusações torna inviável a permanência de Silvio Almeida no governo. O caso foi divulgado inicialmente pelo portal "Metrópoles", e a Comissão de Ética da Presidência já abriu um procedimento de apuração. O ex-ministro tem 10 dias para apresentar sua defesa, e a Polícia Federal também vai investigar as denúncias.
Apesar da exoneração, Silvio Almeida nega todas as acusações, classificando-as como perseguições políticas contra ele. Em declaração, o ex-ministro afirmou: que repudia com veemência essas mentiras e vai buscar responsabilização judicial contra quem fez esses relatos.
Lula comentou que, em seu governo, não há espaço para quem pratica assédio e garantiu que o caso será investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Comissão de Ética Pública. O presidente destacou a importância de se combater a violência contra as mulheres e prometeu que qualquer erro pessoal será tratado de forma rigorosa.
Silvio Almeida, professor universitário e autor do livro "Racismo Estrutural", era uma figura importante no governo, mas agora enfrenta uma das maiores crises da sua carreira.
Reportagem, Kristine Otaviano