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Semana decisiva para aposentado na Argentina

Com forte pressão social e um clima de tensão no Congresso, governo e oposição se enfrentam em uma batalha decisiva sobre o veto presidencial à lei de mobilidade previdenciária.

09/09/2024 às 06h25 Atualizada em 17/09/2024 às 12h13
Por: Katia Maia
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Semana decisiva para aposentado na Argentina

 

Esta semana será crucial para o governo do presidente argentino Javier Milei e para a oposição. Em jogo, um tema muito sensível: a aposentadoria. Na quarta-feira, dia 11, o Congresso da Argentina deve votar o veto de Milei à lei de mobilidade previdenciária.

A lei foi aprovada recentemente. Ela prevê um aumento de 8,1% nas aposentadorias e vincula o benefício mínimo à Cesta Básica. Além disso, ela também trata do pagamento de dívidas que o governo federal tem com 13 províncias argentinas. O presidente Milei decidiu vetar a lei, gerando uma grande disputa política. O clima nos bastidores é de expectativa e muita articulação

A oposição precisa reunir 172 votos para derrubar o veto de Milei, enquanto o governo tenta garantir apoio suficiente para manter a decisão do presidente. A disputa é acirrada, voto a voto, e a oposição aposta na pressão social para mudar o jogo. Uma grande marcha está marcada para a quarta-feira, dia da votação, com o objetivo de pressionar os parlamentares e garantir que o veto seja rejeitado.

A pressão social é a moeda forte aqui na Argentina. As ruas e as mobilizações sempre tiveram muito peso e pode ser vista como uma panela de pressão. Afinal, aposentadoria é um tema bastante sensível. Nos bastidores, muitos avaliam e comentam que Mauricio Macri, que foi presidente da Argentina entre 2015 e 2019, começou a cair quando mexeu nas aposentadorias. A oposição aposta que a grande mobilização organizada para quarta-feira, com participação de organizações sociais e centrais sindicais, pode ser crucial para influenciar paramentares indecisos e derrubar o veto de Milei.

De Buenos Aires, na Argentina

Reportagem, Katia Maia

 

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