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Alta da Selic deve impactar mercado imobiliário, crédito e consumo

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano

04/02/2025 às 14h20 Atualizada em 04/02/2025 às 14h22
Por: Max Gonçalves
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Foto:© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Foto:© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

 

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano, anunciada na quarta-feira (29), terá reflexos diretos em diversos setores da economia, com destaque para o mercado imobiliário e o consumo das famílias.

De acordo com Marcos Valadão, sócio da Armada Asset e especialista em gestão de investimentos, os efeitos da alta da Selic são amplos, mas o mercado imobiliário sente um impacto imediato, já que a maioria dos financiamentos está atrelada à taxa básica de juros. Com o crédito mais caro, a demanda por imóveis tende a cair, afetando as vendas e desacelerando a construção civil.

O especialista explica que a elevação dos juros não afeta apenas o setor residencial, mas se estende ao consumo como um todo, reduzindo investimentos e desacelerando a economia. O aumento da Selic encarece o crédito tanto para empresas quanto para consumidores, tornando o acesso a financiamentos mais difícil e pesando no orçamento das famílias endividadas. Esse custo mais alto não se restringe ao mercado imobiliário, mas impacta diversos setores, o que pode levar a uma desaceleração da economia como um todo e a um aumento do desemprego em áreas sensíveis ao crédito.

Além disso, o encarecimento do crédito tende a reduzir o consumo e, consequentemente, frear a atividade econômica, um dos principais mecanismos utilizados pelo Banco Central para conter a inflação.

Marcos Valadão pondera que a política monetária busca equilibrar o crescimento econômico com o controle dos preços. Embora a alta dos juros reduza o ritmo da economia, ela também ajuda a atrair investimentos estrangeiros para títulos públicos, fortalecendo o real e minimizando a volatilidade cambial. Isso contribui para evitar uma desvalorização excessiva da moeda, que poderia pressionar ainda mais os preços.

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