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Belém, a capital paraense, se prepara intensamente para receber a COP30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, marcada para novembro de 2025. Em meio às mudanças estruturais na cidade para receber gente de todo o mundo, também surge a necessidade de discutir a cobertura jornalística das crises climáticas, especialmente na Amazônia.
Com o objetivo de apoiar jornalistas e comunicadores nesse desafio, o projeto Amazônia Vox organizou o workshop internacional "Amazônia, Ciência e Vozes Locais na Cobertura Jornalística Climática". O evento, realizado em parceria com o Instituto Bem da Amazônia e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, trouxe uma discussão aprofundada sobre como abordar as dramáticas mudanças climáticas nas reportagens.
Um dos destaques do workshop foi a participação do renomado jornalista Andrew Revkin. Revkin, ex-repórter especial do The New York Times e fundador da Iniciativa de Comunicação e Sustentabilidade na Climate School da Universidade de Columbia, compartilhou sua vasta experiência. Ele também integra o Comitê Executivo da National Geographic Society e da ProPublica.
Com sua experiência, Revkin ajudou a iluminar estratégias e desafios na cobertura da crise climática, enriquecendo o debate e oferecendo novas perspectivas para os profissionais e estudantes de jornalismo.
Prestes a receber o evento da ONU, a Amazônia enfrenta um dos piores índices de queimadas, como apontam dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. Somente em 2024, de janeiro a julho, foram registrados mais de 20.000 focos de calor, o maior para o período desde 2005. A seca severa na região potencializada pelo fenômeno El Niño, agravam a situação.
Reportagem, Ruanne Lima
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